Sabem quando vamos às compras com uma amiga e ela nos pergunta se a calça lhe fica bem e vocês vêem-se no dilema do minto ou digo a verdade?
Pois eu sou aquela que diz sempre a verdade.
Talvez por essa razão me custe tanto quando as pessoas não são verdadeiras comigo. E não me refiro quando vou às compras porque eu prefiro mil vezes ir sozinha!
Refiro-me a coisas do dia-a-dia. Mentiras que alguns chamam de piedosas, outros pensam que se a pessoa não souber não sofre…
Não vamos estar aqui com hipocrisias: todos nós mentimos. TODOS!
A diferença está naquilo que nos motiva a mentir.
Agora há dias, descobri que de facto comigo a mentira não cola. Eu descubro sempre (às vezes de formas que nem o diabo se lembra) e apercebo-me de que o que mais me custa é a falta de lealdade.
Querem mentir, mintam. Mas assumam que mentem. Assumam porra! Digam: “olha, eu ando-te a mentir/esconder isto porque causa disto e é melhor ficares já a saber”. Porra, dói, mas dói menos que as figuras de ursa que fazemos quando não estamos a par da verdade.
Ah e tal mas não é mentir. É omitir.
Ora bardamerda…mentir ou omitir é só uma maneira da consciência de quem aldraba se sentir menos pesada.
Mentir é igual a omitir. Se omite é porque precisa esconder e se esconde é porque tem que mentir.
O que custa nisto tudo é quando são pessoas que nos são próximas. Mas tudo passa.
Não gosto de omissões, de mentiras, de não me serem leais.
A palavra chave é esta: lealdade.
Podemos ter tudo mas sem isso não nos vale de nada tudo o resto.
2 Setembro, 2018