Andei em limpezas. Limpezas da alma e da casa e nestas últimas fui deitando fora muita coisa, reencontrando um montão de coisas importantes mas já esquecidas e depois fui encontrando o que chamo de “surpresas boas”.
No meio de tanta coisa antiga, de tanta vida vivida, de fotografias e livros, encontrei uma folha que andava por lá solta, escrita à mão, em letra de máquina, mas que não está assinada.
Vou partilhar convosco e se por acaso fores tu o autor/autora de coisa tão boa, por favor, diz qualquer coisa.
“Quero ser teu amigo,
Nem de mais e nem de menos…
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te como próximo, sem medida…
E ficar sempre em tua vida
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade,
Sem jamais te sufocar,
Sem forçar a tua vontade.
Sem falar quando fora a hora de calar
E sem calar quando for a hora de falar.
Nem ausente nem presente por demais…
Simplesmente, calmamente ser-te paz.
É bonito ser amigo,
Mas confesso:
É tão difícil aprender…
Por isso eu te peço paciência.
Vou encher esse teu rosto
De alegrias, lembranças…
Dá-me tempo de acertar as nossas distâncias!”
Se foste tu que me escreveste isto…identifica-te. Manda mensagem privada.
E obrigada.
14 Agosto, 2018