Quando fui à Conservatória para casar, a meio de uma cambada de perguntas e muita papelada, perguntaram-me se ia adotar o nome do meu marido. A minha resposta foi rápida: NÃO.
A senhora ainda perguntou outra vez mas a resposta foi sempre a mesma.
Não tenho o nome do meu marido. Nasci Vougo e vou morrer Vougo. Nunca tive vontade de adotar o nome dele… porque não é o meu.
Desde miúda que eu acho que nada rima com Vougo.
Não acreditam? Vejam lá:
- Vougo Ferreira (urgh)
- Vougo Costa (urgh)
- Vougo Silva (nop nop nop)
- Vougo Gaspar (já me soou pior… mas não!)
- Vougo Santos (socorro!!)
Portanto, desde menina que eu sabia que nada ficava bem com o meu apelido e decidi desde sempre que nunca iria ficar com o nome da pessoa com quem casasse. E assim foi.
No dia do casamento, alguns convidados decidiram dizer que eu agora era Gaspar… foram logo corridos com um “Acham”?? Por aqui não há cá dessas antiguidades.
NOTA: Calma malta. Acho lindamente e até muito romântico quem adota o nome do marido e não tenho nada contra! Só não queria isso para mim.
Vejam, eu, caso tivesse ficado com o nome do meu marido, ia ser uma desgraça. Imaginem uma ida ao hospital “Srª Dª Ana Gaspar à sala 1”.
Garanto-vos que não ia saber que era eu. Nem me iria ocorrer sequer que essa Ana Gaspar era eu. Eu conheço-me, acreditem que nem me iria mexer.
Para mim, se passasse a ser Gaspar era como se perdesse a minha identidade. Eu só conheço a Ana Filipa Vougo. Sei lá eu quem raio seria essa Ana Filipa Gaspar.
Portanto nunca tive dúvidas: nasci Vougo e vou morrer Vougo.
Quanto a filhos (a tê-los) … que remédio. Terão que ter como último nome o apelido do pai MASSSSSS eu já tenho aqui umas coisas pensadas para que o meu apelido não morra comigo e com a minha irmã, uma vez que o meu pai não fez nenhum pilinhas.
A acontecer, esperem só para ver!
13 Janeiro, 2019