Há alturas em que temos de parar e respirar. Temos de pensar no rumo que a nossa vida está a tomar, nas decisões que teremos de enfrentar, perceber o que queremos e sobretudo (e mais importante) o que não queremos.
Ser-se adulto e independente tem muito que se lhe diga. Não é nada como fizeram crer que iria ser.
Esta porra de ter responsabilidades, da obrigação de ter um trabalho bom, ter dinheiro no banco, ser mulher, ser filha, irmã e tia tem MESMO muito que se lhe diga.
Não é fácil, e o maior problema de todos é que está tudo fora do nosso controlo… e eu odeio quando não consigo controlar alguma coisa.
Não sei quanto a vocês, mas há alturas na vida em que tudo parece ter a necessidade de ser repensado. Sente-se que temos de parar, olhar para a esquerda, para a direita e decidir se seguimos em frente, se continuamos parados ou se andamos para trás.
Ser uma crescida não é mesmo nada como eu pensei que seria. Isto é tudo menos um daqueles filmes de adolescentes (que eu adoroooo) em que começa tudo mais ou menos, depois vem a parte má seguida da parte super má mas que inevitavelmente guia a personagem principal a um final feliz.
Na vida real não há guiões e muitas vezes andamos todos por aqui à base do improviso.
Sinto que é fácil dar em doida. Sinto, cada vez mais, que começo a perder o “filtro” naquilo que digo aos outros. Ando sem pachorra para aturar merd@s. Menos paciência tenho ainda para impasses ou gente estúpida.
Sempre fui de dizer tudo como os malucos. Sei perfeitamente que tenho o coração na boca e acabo por dizer tudo sem pensar nas consequências mas,aparentemente, a verdade dói mais a quem a diz do que a quem a ouve. Esta é uma certeza e falo por experiência.
Quem é confrontado com a verdade foge. Arranja mil e uma desculpas, junta um grupinho de amigos que lhe dizem o que pretende mesmo ouvir, e lá acaba por se iludir que o que ouviu não é bem assim e que a verdade não é nada do que foi dito.
Em suma, quem diz a verdade passa por má pessoa, por mentirosa, desagradável, amarga e infeliz.
Pois claro que já se sabe que tem sempre que haver uma vítima mas, convenhamos, que é muito menos doloroso viver numa mentira do que ter que enfrentar a verdade. Porque a verdade dói e magoa. Mas cuidado, porque não se pode fugir à verdade para sempre.
Podemos correr dela mas ela vai-nos apanhar mais tarde ou mais cedo.
E se aí já for tarde de mais?
O que importa mesmo é continuar. Mesmo sem se saber qual o rumo seguir.
Eu acredito em sinais e acredito que não há coincidências e portanto acredito que se estivermos atentos, alguma coisa ou alguém, nos vai indicar o caminho.
Nem todas as portas que encontramos fechadas estão trancadas e nem todas precisam de uma chave. Sobretudo há que encontrar a tal janela que nos prometem que anda por aí.
Tenho vários lemas na vida e um deles é que tudo passa.
Como diz o povo “não há bem que sempre dure nem mal que nunca acabe”.
Ser adulto não é mesmo pêra doce e se me tivessem dito que esta merd@ seria assim…não sei se teria feito questão de ter crescido tão depressa.
Penso já não ir a tempo de processar quem me mentiu mas vou sempre a tempo de mostrar a esses aldrabões que nos fazem querer trocar as barbies por saltos altos que quem manda na nossa vida somos nós, e eu não me contento com menos do que a felicidade!
Tenho para mim que vai dar trabalho e vai demorar mas eu chego lá.
Está na altura de “limpar” a minha vida. Meter algumas coisas no lixo, outras na reciclagem e guardar apenas o que for de bom para guardar.
Nos entretantos Filipa inspira, respira e NÃO PIRA!
13 Dezembro, 2016
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